A motivação é poderosa: profetiza o sucesso – mais do que a inteligência, as competências ou a remuneração. A gestão dos sentimentos, a sensação de progressão e a cultura empresarial adequada alimentam-na. Saber trabalhá-la é algo exigente, mas compensador.

Os desafios com os quais um líder de uma organização se depara variam consoante a organização, mas a motivação das equipas é quase sempre um deles. Os colaboradores que não se mostram focados ou não manifestam interesse pelo objectivo global revelam-se pouco produtivos e, frequentemente, conseguem destruir a coesão de uma equipa e minar os esforços e a autoridade de um líder.

Quem se encontra numa posição de liderança deve estar ciente daquilo que motiva os seus colaboradores e daquilo que está ao seu alcance, enquanto líder, para manter essa motivação. Por vezes, a solução passa por comunicar de forma clara a missão da organização, mas há situações nas quais os líderes precisam de trabalhar individualmente com cada funcionário para conseguirem delinear uma estrutura de incentivos eficaz.

Os colaboradores sentem-se motivados quando os objectivos a atingir são pertinentes para eles; a sua concretização (ainda que difícil) tem de ser possível, exequível para o grau de motivação não diminuir – e há várias formas de o fazer, seja através do feedback sobre o desempenho, seja alinhando os objectivos corporativos com a auto-estima individual ou outras.

Surgem a vários níveis os desafios com os quais o líder se depara. Uma tipologia tripartida permite perceber a influência dos diferentes factores na motivação e na gestão das equipas: extra-organização, inter-organização e intra-organização.

Extra-organização – factores como a globalização, mudanças súbitas no ambiente externo e o desejo de as organizações de manterem competitivas influenciam, em grande medida, a realidade organizacional. Os desafios colocados pelo contexto socioeconómico obrigam o líder a uma adaptação constante para assimilar as mais recentes correntes de mudança.

Inter-organização – factores que surgem no seio da estrutura organizacional. Estão intimamente associados aos processos e procedimentos internos, à gestão da organização e às questões que afectam o dia-a-dia. São importantes a cultura corporativa e o sentimento de pertença. Exemplos de desafios inter-organizacionais são a rotina (execução de tarefas rotineiras), a falta de orientação (da parte do líder) e a alteração de procedimentos.

Intra-organização – factores que dizem respeito a cada colaborador (enquanto activo mais valioso de uma empresa) e partem de cada um. Regra geral, quanto mais feliz e valorizado se sente um colaborador, mais provável é ele dar o melhor de si à empresa. Note-se que aquilo que impele um colaborador pode ser algo muito pessoal e único. É grande o peso das suas crenças, dos seus valores ou dos seus interesses pessoais. Aqui encontramos desafios como o medo, o êxito (que pode conduzir à complacência), a falha e a apatia (perda da paixão).

Os colaboradores valorizam o líder que, através da sua experiência e competência, os incentiva a fazer o seu melhor, lhes transmite uma energia positiva, reconhece que a vida é mais do que a vertente profissional e os coloca em primeiro lugar.

Aceite o repto e contribua para uma equipa motivada – a sua equipa.

 

Nota: redigido ao abrigo do acordo ortográfico de 1945.