“A função do líder consiste em criar condições para que a sua equipa alcance o sucesso.”
Uma das principais razões para muitos líderes (ou chefes ou gestores, termos que aqui serão utilizados como sinónimos) falharem, resulta da forma como chegam a essa função. Tradicionalmente, são colocadas em posições de liderança pessoas que revelaram bom desempenho como subordinados, em funções operacionais. A atribuição de um cargo de liderança é visto como um prémio, uma recompensa.
No entanto, muitas vezes não se avalia se as competências necessárias à nova função são aquelas em que a pessoa revelou excelência na função anterior. Se para se ser membro de uma equipa será necessário dominar as competências técnicas associadas ao trabalho desenvolvido, para se liderar essa equipa é necessário um conjunto de competências interpessoais (para lidar com os desafios internos do grupo) e políticas (para lidar com os desafios externos).
Não pretendo dizer que uma promoção não deve ser uma recompensa pelo bom desempenho, ou que um bom operacional não poderá vir a ser um bom líder. Pretendo apenas vincar que esse não deve ser o único fator a ponderar na decisão. Ao fazê-lo corre-se um risco, para as duas partes. Se a pessoa em questão, além das competências que já demonstrou no cargo anterior não tiver também as necessárias para o novo cargo, a empresa perde um bom operacional e ganha um mau chefe. E essa pessoa deixa de ser um profissional competente e realizado para se tornar um profissional incompetente e inseguro.
Será essa a forma de recompensar um trabalhador produtivo e dedicado?
“Peter Principle”.. Sem dúvida um pormenor que passa em claro muitas vezes!
exactamente.
e é também muitas vezes um caso de expectativa. toda a gente espera que seja assim, logo, é assim.
o próprio decisor, muitas vezes, esquece que podem/devem haver outros critérios/métodos para tomar a decisão
existem de facto os lideres natos, mas também penso que essas competências se podem ir desenvolvendo à medida que ganhamos experiência. O ideal, na minha madeira de ver, é que os lideres já tenham sido subordinados, para assim compreenderem o que vai na mente destes.