A atenção plena é a base da inteligência emocional. É fundamental para nos ajudar a ser bem sucedidos no nosso trabalho e, claro, nas nossas relações interpessoais.
E o que é a atenção plena? O mestre zen Thich Nhat Hanh definiu-a como sendo “Manter a consciência viva para a realidade presente.”
A boa notícia é que a atenção plena é algo que todos somos capazes de fazer. Basta prestar atenção momento a momento sem fazer juízos de valor. Tão simples!
O difícil é aprofundá-la, fortalece-la e mantê-la, especialmente nos momentos difíceis da nossa vida ou quando estamos constantemente a ser solicitados para mil e um assuntos. Enfim, no nosso dia-a-dia!
A excelente notícia que descobri num livro de um dos génios informáticos da Google*, é que é muito fácil treinar a atenção plena.
Para começar bastam apenas 2 minutos. E como?
Basta dirigir uma atenção suave e constante para a respiração durante 2 minutos. Só isto!
Começamos por tomar consciência de que estamos a respirar e depois prestamos atenção ao processo de respirar. Inspira….Expira….
Quando a atenção se desvia, basta voltar a dirigi-la muito suavemente para a respiração.
Para controlar o tempo sem me distrair utilizo a função” temporizador” do telemóvel. Podemos fazer este exercício regularmente e sempre que nos sentirmos dispersos. Este exercício, praticado com frequência, aprofunda a tranquilidade e a clareza.
O passo seguinte é a meditação. A meditação, nada tem de misterioso. É apenas um treino mental. Assim como através do exercício físico treinamos o nosso corpo e desenvolvemos as nossas capacidades físicas, com a meditação treinamos o nosso cérebro e desenvolvemos as nossas capacidades mentais.
Neste caso treinamos a atenção e a meta-atenção. E o que é isso da meta-atenção?
É a capacidade de prestar atenção à própria atenção ou seja, perceber quando a atenção começa a divagar. A meta-atenção é o segredo para a concentração. Quando a atenção e a meta-atenção se tornam fortes a mente torna-se cada vez mais concentrada e estável, mas de forma relaxada.
E como praticar a meditação de atenção plena? O processo inicia com a intenção, um motivo. Pode ser, por exemplo, reduzir o stress, aumentar o bem-estar, cultivar a inteligência emocional, melhorar o desempenho profissional ou simplesmente por diversão!
Depois de criarmos a intenção é só seguir a respiração.
Na prática podemos meditar em qualquer posição. O budismo tradicional define quatro: sentado, de pé, a andar e deitado. A melhor postura para meditar é a que nos ajudar a permanecer simultaneamente alerta e relaxado durante um longo período de tempo. Uma posição simples e prática é sentarmo-nos com as costas bem direitas, numa cadeira ou no chão com as pernas cruzadas, e com os olhos fechados ou a contemplar o espaço.
Simples, não é? Quando vai começar?
*”Procura dentro de Ti”, Chade-Meng Tan, engenheiro da Google.