“Nenhuma estratégia inteligente nem a mais avançada tecnologia do Mundo serão eficazes se não existirem profissionais muito bons para as fazer funcionar”
– Jack Welch
A maior parte das empresas já percebeu que dar prioridade às pessoas é uma estratégia vencedora. Aliás, perceberam tão bem que muitas apenas dizem que dão prioridade às pessoas sem o fazerem realmente. Mas, afinal, o que é isso de dar prioridade às pessoas?
Em primeiro lugar, convém explicar por que digo que dar prioridade às pessoas é uma estratégia vencedora. É uma estratégia vencedora porque, embora tenha alguns custos, o retorno é bastante superior. E esse retorno superior manifesta-se essencialmente de 3 formas:
- As pessoas, quando são bem tratadas pelas empresas, esforçam-se mais no cumprimento das suas tarefas;
- As pessoas, quando são bem tratadas pelas empresas, não se limitam a cumprir as suas tarefas, mas envolvem-se com a organização e criam ainda mais valor (fazem mais do que é exigido, apoiam os colegas, dão sugestões de melhoria, aceitam mais facilmente a mudança, etc.);
- As pessoas talentosas preferem trabalhar em empresas que tratam bem as pessoas (e são essas as pessoas que tornam as empresas mais competitivas) e é mais fácil recrutar os melhores se a empresa tiver reputação de tratar bem as pessoas.
Em segundo lugar, vamos lá agora esclarecer o que significa na prática dar prioridade às pessoas. Dar prioridade às pessoas começa na linguagem. Se a empresa acredita verdadeiramente que as pessoas são o seu principal ativo, procura utilizar uma linguagem que as valorize. Isso pode significar designar as pessoas por colaboradores, parceiros, ou simplesmente pessoas, etc., em vez de pessoal, empregados, trabalhadores, etc.. Sim, são apenas palavras mas as palavras são muito importantes (se não acreditam em mim, experimentem chamar o(a) vosso(a) esposo(a)/namorado(a) pelo nome errado).
Mas as palavras não valem nada se as práticas não forem consistentes com elas. Dar prioridade às pessoas concretiza-se em algumas ações muito concretas:
- Colocar nas posições chave da organização pessoas que partilhem destes valores. Se apenas o departamento de RH valorizar as pessoas e todos os outros departamentos virem as pessoas como um recurso produtivo ou um custo a minimizar, será essa a postura dominante
- Investir nas pessoas. Se a organização acredita que as pessoas podem ter um impacto multiplicador, a organização não vai “cortar as pernas” às pessoas mas vai, antes, procurar ajudar as pessoas no seu desenvolvimento pois esse crescimento irá arrastar a organização com elas;
- Medir e avaliar. Se a organização acredita que as pessoas são o seu capital mais importante, vai procurar medir e avaliar as iniciativas de RH, de forma a identificar e expandir as atividades mais potenciadoras e a procurar formas de melhorar as menos eficazes ou eficientes. Se as pessoas são o capital mais importante, há que investir nele de forma racional e fundamentada;
- Reconhecer e recompensar. Se as pessoas dão o contributo mais importante para a organização, há que reconhecer e recompensar esse contributo, para estimular a sua repetição e expansão. Esse reconhecimento e recompensa traduzir-se-á em prémios de desempenho, aumentos, promoções, etc.
Em resumo, uma organização que queira ter sucesso tem que conseguir atrair as pessoas mais talentosas e estimular nelas o melhor desempenho. Para isso, tem que mostrar que acredita que elas são realmente o mais importante. E para isso não bastam palavras bonitas. O que não significa que as palavras bonitas não sejam também importantes.
Este artigo identifica corretamente quais as mudanças que devem ser introduzidas nas organizações.
Dado o atual ambiente competitivo, a centralização do poder e a falta de autonomia dos colaboradores são características que impedem o desenvolvimento das organizações.
É assim necessário promover nas organizações o empowerment como uma ferramenta de poder, visto que quando os colaboradores fazem parte de um todo, os mesmos sentem-se mais valorizados e apresentam um comprometimento maior com a organização, culminando em resultados positivos, tanto para as organizações (aumento de eficiência e eficácia) como para os colaboradores (satisfação no trabalho).
Dar prioridade às pessoas deve ser o objetivo central das organizações, visto que são as pessoas que fazem as organizações.