Num breve artigo semanal publicado no expresso pelo Prof. Daniel Bessa em 18/04/2014 sob o título “Exportações, vendas e lucros das empresas” é destacado o sucesso no aumento notável das exportações das empresas portuguesas, que se traduziram em aumento de vendas, primeira linha da Demonstração de Resultados mas que não se traduziram em aumento de resultados, última linha da DR. A conclusão é que as empresas portuguesas não melhoraram a sua performance.
Ora, obter resultados substanciais é fundamental para desenvolver o negócio e sustentar a competitividade das empresas e exige ação para essa finalidade. Assim sendo as empresas portuguesas devem-se focar na performance e esta dimensão deve ser incorporada na sua cultura para garantir a sustentabilidade do negócio.
Então melhorar a performance das empresas significa agir nos fatores ou causas que a influenciam. O conceito central aqui é ação focada na performance para que esta se possa sustentar.
Então, a pergunta óbvia é como se pode melhorar a performance das empresas? Existem alguns modelos e ferramentas ou conceitos de gestão apropriados para esse efeito? E se existem como se podem aplicar na realidade de cada empresa?
Foi para responder a estas questões que desenvolvemos em parceria com a D. Dinis Business School (através do Doutor Vítor Ferreira) e com o ISCAC, uma pós-graduação inovadora a nível nacional para dar resposta a estas questões e que iniciará a sua primeira edição em Junho.
Vejamos então no que consiste a pós-graduação em Management Tools For Performance. Uma das características diferenciadoras é que o terceiro trimestre está centrado na aplicação de ferramentas na realidade de cada um dos participantes, funcionando em laboratórios onde se promove a construção e ajustamento das ferramentas à medida de cada participante/empresa.
Ou seja, o foco é a ação, nas seguintes áreas: Execução da Estratégia com BSC e Benchmarking com a participação da TGA e Quidgest como entidades externas especialistas, Construir um Sistema de Avaliação de Desempenho, Comunicar e Falar em Público com a participação da ISPC, Implementar o Planeamento e Controlo de Gestão com a participação da Cautio, Seis Sigma para melhorar a eficiência operacional, Preparar o Plano de Internacionalização com a participação da Nerlei e Ferramentas Web para Encontrar e Comunicar com Clientes. Estes foram os modelos escolhidos para melhorar a performance. Responde-se assim às duas últimas questões acima formuladas.
Para suportar e fundamentar a ação desenharam-se um conjunto de unidades curriculares de suporte. Começa-se desde logo pela Estratégia e Competitividade, área da gestão que estuda porque é que algumas empresas têm, de forma sustentada, melhor desempenho que outras. A ideia é que cada empresa deve escolher como vai concretizar os seus objetivos tendo presente, as condições externas e os recursos e capacidades que possui. É suposto que as decisões sejam coerentes e ajustadas à dimensão externa e interna para que o desempenho seja excelente.
Para implementar a estratégia é necessário desde logo ter em atenção os mercados daí a abordagem ao E-Marketing e aos Negócios Internacionais e Internacionalização, para apoiar a atividade comercial nos diversos mercados, garantindo a criação de valor para os clientes.
Para suportar a criação de valor é necessário a Otimização das Operações, suportada por Sistemas de Informação à Gestão e por Instrumentos de Controlo de Gestão, que garantem a conceção de sistemas de monitorização da gestão operacional e respetiva eficiência, fornecendo também informação útil sobre recursos e capacidades da empresa e recolhendo e tratando informações relevantes do contexto competitivo.
O Coaching para a Liderança e Gestão de Equipas é suporte fundamental para a implementação da estratégia, envolvendo, alinhando, desenvolvendo e motivando os colaboradores para a obtenção de elevados desempenhos individuais e empresariais.
Finalmente a Auditoria e Accountability pretende conhecer os instrumentos fundamentais para avaliar e a coerência e responsabilidade das escolhas efetuadas pela gestão.
Estas unidades curriculares em conjunto dão resposta à primeira pergunta: Como se pode melhorar a performance?
“Alea jact est” (Este é o desafio)
Fizemos a nossa parte! E vocês estão a fazer a vossa?