“On any given Sunday you’re gonna win or you’re gonna lose. The point is – can you win or lose like a man?”
– Tony D’Amato (Al Pacino), Any Given Sunday
O Sporting Clube de Portugal é campeão.
E este título começou há muito tempo.
Começou, nomeadamente, quando a equipa terminou o último campeonato em 4º lugar e decidiu manter o treinador.
O resultado do ano passado foi mau, muito mau.
E muitos dirigentes, tal como muitos gestores, poderiam ter sucumbido à tentação fácil de sacrificar o bode expiatório – o treinador.
E seriam elogiados por muitos.
Seriam elogiados como exigentes – maus resultados não podem ser tolerados.
Seriam elogiados como decididos – quantas vezes não ouvimos dizer que é preciso tomar decisões difíceis?
Seriam elogiados talvez como visionários – teriam percebido que tinha terminado o ciclo de Rúben Amorim no Sporting.
Mas esses elogios seriam tão superficiais como a análise que estaria na sua origem.
Houve algum azar, houve competência dos adversários e houve também, claro, erros próprios.
Mas o processo sempre foi são. Sempre houve uma ideia de jogo, uma cultura de grupo e um perfil claro das pessoas que queriam na equipa.
Quando há esta clareza e esta competência, estaremos sempre mais próximos dos resultados.
Que nunca podemos garantir e que nem sempre aparecem, claro.
Como dizia o Tony D’Amato, podemos sempre perder ou ganhar, o importante é como chegamos a esse resultado.
Como sportinguista, o Sporting do Rúben Amorim não me enche de orgulho apenas quando ganha, mas em todas as circunstâncias.
Orgulha-me a forma profissional como sempre se comporta.
Orgulha-me a lucidez como lida com as derrotas.
Orgulha-me o clima positivo, humano e saudável que sempre transpira cá para fora.
Obrigado, Rúben, pelos títulos.
Mas, essencialmente: obrigado, Rúben, pelo exemplo.