Precisamos de ideias inovadoras que conduzam a projectos bem-sucedidos e, consequentemente, ao nosso êxito pessoal ou profissional/empresarial. Urge fomentar o surgimento dessas ideias explorando a nossa criatividade. O pensamento criativo é o que destaca uma pessoa no meio da multidão; é também aquilo que marca a diferença entre o sucesso e o insucesso numa empresa, entre progredir ou estagnar. E estagnar nem sequer é hipótese a colocar.
Seremos capazes de demonstrar esse pensamento criativo?
Sim, todos temos potencial para criar, recriar, inventar, inovar, dinamizar. Ken Robinson[i] defende que é fundamental criarmos ambientes (nas escolas, nos escritórios, nas empresas) nos quais cada pessoa possa sentir-se inspirada a evoluir criativamente. Isto é importante. Num mundo em constante mudança, temos de aprender a cultivar o elemento humano para encontrarmos o melhor de nós e dos outros. Quando uma pessoa encontra o seu “elemento”, sente-se capacitada para adorar aquilo que faz e explorar o seu potencial.
Existem condicionantes (como as dificuldades financeiras ou o medo de assumir riscos) e, a partir de determinada altura na vida, passamos a ter medo de errar (cf. Robinson). Essas formas de bloqueio mental têm consequências na criatividade e daí à estagnação é um passo muito curto. É também o erro que nos faz progredir e não podemos deixar de arriscar até conseguir. Às vezes, basta reaprender e isso pode ser o suficiente para encontrarmos a nossa vantagem competitiva.
Se em alguns momentos sabemos o que fazer para solucionar um problema e uma resposta criativa surge num ápice, noutros não é bem assim. E, com a pressão do tempo, surgem as dúvidas: Como podemos ser mais criativos? Como podemos encontrar oportunidades ou estimular a criatividade? Eis algumas respostas:
Cultivar. Despertar uma abordagem criativa na nossa vida e na nossa profissão passa também por “dar asas” à nossa liberdade ideológica, de expressão. Assim como por desfrutar mais do que fazemos – a par com não pensar tanto no que fazemos (parece contraditório, mas não é).
Ponderar. É preciso parar para pensar, definir estratégias, alinhar processos e procedimentos. É preciso organizar. É importante recolher dados, tomar notas, reter informações. Mas também é fundamental conseguir criar um espaço de reflexão nas nossas vidas tão ocupadas.
Arriscar. Reaprender a não ter medo. Podemos, por instantes, esquecer o tempo, os limites impostos, o que nos prende, o que nos liga aos aspectos mais mundanos. E nada nos impede de ver as coisas por outro prisma. Muitas ideias criativas surgem quando associamos dois ou mais elementos de uma forma diferente, pouco habitual.
Aceitar. Com tudo aprendemos e evoluímos. As pedras no caminho devem guardar-se para construirmos o nosso castelo, já dizia Pessoa; mas também é importante acolher e respeitar pessoas e outras ideias. Também interessante é a arte de partir sem destino, sem objectivo e esperar que algo surja à nossa frente; não procurar, apenas acolher.
Agir. No momento certo. Perceber quando ele surge, pois importa tomar decisões, não ficar eternamente à procura das melhores. Agir em consciência, em conformidade connosco, com os nossos ideais, com os outros.
Muitas vezes, complicamos o que é simples. Esquecemo-nos de que o principal recurso está à nossa disposição quando queremos – e é grátis: nós.
[i] Robinson, Ken. (2010) The Element: How Finding Your Passion Changes Everything. Penguin.
(A autora do artigo não segue o Novo Acordo Ortográfico)