“Se as pessoas são o activo mais valioso para as empresas, o recrutamento torna-se a actividade mais crítica.”
Falou-se já aqui de vantagem competitiva e disse-se também que as pessoas são essenciais para essa mesma vantagem competitiva. Mas… todas as pessoas?
Embora todas as pessoas tenham a mesma dignidade, nem todas são igualmente importantes para as empresas. Apenas aquelas que têm competências que criam valor são importantes. E, entre essas, serão mais importantes aquelas cujas competências forem mais raras no mercado e forem igualmente imprescindíveis à actividade da empresa.
Mas, para que essas competências se traduzam em desempenho efectivo e em vantagem competitiva para a empresa é também imprescindível que as pessoas se sintam envolvidas com a organização. Não basta que as pessoas sejam importantes para a empresa, é também necessário que a empresa seja importante para as pessoas. Ou seja, é preciso que a empresa também crie valor para as pessoas (desenvolvimento de competências e de redes de contactos, participação em projectos interessantes e inovadores, etc.). E, quanto mais raro for esse valor e mais imprescindível for para o percurso profissional das pessoas, mais pessoas (e com o perfil certo) quererão colaborar com a empresa.
Quer isto dizer que o recrutamento é um jogo de sedução. As empresas querem as pessoas mais talentosas. Mas, essas pessoas talentosas podem escolher onde trabalhar e optam pelos projectos mais aliciantes e pelas empresas que lhes oferecem o que valorizam.
A sua empresa… o que tem a oferecer às pessoas talentosas que a podem ajudar a crescer?
Gostei imenso do artigo, ao tempo que falo sobre este assunto. Tenho pena que algumas empresas, (sim digo algumas por felizmente os tempos estão a mudar) só pensarem em lucros e em explorar os seus recursos humanos , em vez de os valorizar, dar-lhes mais valor, darem-lhe competências e sobretudo dar-lhes segurança e bem estar. Já existem empresas que fazem planos ao fim de semana com os colaboradores, isso cria relações e empatias, formando assim uma empresa mais coesa, logo, os colaboradores também se sentirão da empresa e que ela precisa deles.
Para nós licenciados, acho um pouco complicado, escolhermos as empresas para as quais queremos trabalhar, pois existe por vezes o factor C, e muitas das empresas já querem pessoas especializadas, pois não querem perder tempo com mais um recurso humanos que sabe, por vezes, só a teórica e não a prática.
É um pouco lamentável a situação, pois se ninguém nos der valor, acabamos sem valor.
obrigado pelo comentário.
realmente, há muitas empresa que ainda não perceberam a diferença entre explorar e potenciar. e perdemos todos com isso.
quanto à parte final, não temos que condenar a empresa por querer o que melhor lhe serve, temos é que desenvolver competências que nos tornem apetecíveis. nós também compramos os produtos que nos apelam mais. não podemos exigir uma lógica diferente do outro lado.
é como na sedução. se realmente queremos algo, encontramos forma.
Parabéns pelo artigo!
De facto é muito aliciante escolher a organização para a qual gostaríamos de trabalhar; no fundo transformar as empresas para as quais trabalhamos, nos nossos clientes – trabalhar de acordo com os seus requisitos, com as suas necessidades e propor ações de melhoria contínua.
É interessante abordar os recursos humanos como players que criam valor; a propósito deste tema considero que na atualidade, as empresas têm/ devem ser repensadas como as criadoras de inovação e valor, naquilo que é o conceito de “shared value”, de Porter. Quando toda a cadeia de valor estiver mais direcionada para o capital humano do que para o lucro imediato, então as pessoas/ empresas e sociedade produzirão mais em harmonia.
É um tema muito vasto, mas não me quero alongar nas palavras.
Seguirei o blogue!