Existem hoje, tal como já há alguns anos, diversos incentivos às empresas, quer seja através de linhas de financiamento ou projetos de investimento. O Portugal 2020, por exemplo, tem diferentes temáticas para o financiamento de projetos de investimento como a internacionalização, a inovação produtiva, a investigação e o desenvolvimento, a qualificação, entre outras.

Muitas candidaturas são submetidas. Talvez para cada aviso tenha havido centenas de candidaturas!

Depois de um período conturbado, onde austeridade, crise e défice andaram de mãos dadas, será que podemos dizer que as empresas estão realmente a aproveitar esta oportunidade para inovarem, para se qualificarem ou para se internacionalizarem, tornando-se mais competitivas e mais robustas?

Será que estão realmente a aproveitar esta oportunidade?

Qual deve ser o ponto de partida para qualquer decisão a tomar para os projetos de investimento?

Antes de começar a definir investimentos, prazos e valores é necessária uma etapa, que por vezes é esquecida: é necessário REFLETIR. É extremamente importante que cada empresa perceba onde está e defina a sua estratégia de crescimento. Temos de conhecer bem o presente se queremos antecipar o futuro!

Atualmente, qual é a situação da minha empresa? Quais os seus pontos fortes e fracos? Quais as oportunidades e as ameaças? Quem são os meus concorrentes? E os meus clientes? Onde estão? Quais são os fatores críticos de sucesso no meu sector? Como estou em relação aos meus concorrentes?

Para olhar para o futuro devemos interrogar: Onde queremos chegar? Quais vão ser as capacidades vitais para ter sucesso no futuro? Qual é o caminho? Que ações se devem tomar? Onde podemos melhorar? Onde e quando devemos investir?

É com a análise da situação atual e com o futuro em vista que a empresa deve definir a sua estratégia de crescimento.

Será que as empresas estão a investir no que é realmente necessário?

Claro que ter um projeto aprovado a fundo perdido ou a título reembolsável sem taxa de juro será sempre muito apelativo e fará diminuir o esforço de tesouraria das empresas. Mas perguntem: a empresa realmente precisa disto? Este investimento ajudará a empresa a chegar onde se pretende? Investiríamos de igual forma senão tivéssemos um incentivo?

Concluindo: as empresas não devem submeter um projeto de investimento só porque é oportuno, há que saber aproveitar por forma a atingir os seus objetivos, a sua sustentabilidade e a serem mais competitivas.

“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.”

Peter Drucker