O conceito de modelo de negócio explica como a empresa funciona e ganha dinheiro e está relacionado com a produção (conceção, aquisições, operações e processo de entrega) e venda dos seus produtos/serviços (descobrir e conquistar clientes, vender, distribuir e entregar o seu produto).
Então, por detrás do funcionamento de qualquer empresa de sucesso está um modelo de negócio inovador. Este modelo tem subjacente uma proposta de valor para os clientes, suportada por processos chave, que se apoiam nos recursos e capacidades que a empresa possui e que geram retornos financeiros que garantem a sustentabilidade.
Ora as dinâmicas competitivas e o aumento da concorrência têm conduzido a alterações dos modelos de negócio de muitas empresas. Um estudo recente conduzido pelo Instituto IBM refere que 92% dos gestores estão a alterar o modelo de negócio das suas empresas.
Esta evidência tem levado ao aumento da investigação neste domínio, tendo inclusive despoletado a publicação de números especiais dedicados a este tema em revistas de topo, tal como a Harvard Business Review e a Long RangePlanning, nos últimos três anos.
Para avaliar a validade do modelo de negócios costuma-se verificar a coerência da narrativa, isto é: A história que se conta é lógica? Permite obter resultados?
Se a resposta for negativa deve-se alterar rapidamente o modelo para corrigir a trajetória.
Muitas vezes surgem alguns sinais que podem dar indicações que é necessário alterar o modelo de negócio, tais como:
- Aumento da velocidade e intensidade da mudança;
- Aparecimento de concorrência inesperada;
- Sinais nas inovações que oferecem cada vez menos melhorias;
- Os clientes afirmam que novas alternativas são aceitáveis;
- Redução da performance em indicadores críticos;
- Oferece-se cada vez mais por menos.
Para fazer a alteração do modelo de negócios deve-se alinhá-lo com os objetivos da empresa (missão e visão) e devem-se reforçar os círculos virtuosos que gerem sinergias entre os diversos componentes (valor para o cliente, processos críticos e recursos). Finalmente, o novo modelo deve ser robusto, isto é, deve ser difícil de imitar, deve permitir à empresa manter uma parte do valor criado, deve manter a empresa focada e deve ser de difícil substituição por outro alternativo.
Está preparado para mudar o seu modelo de negócio ou está conformado com o que tem?
Na linha de Darwin podemos afirmar que quem sobrevive não são os maiores ou os mais fortes, nem sequer os mais inteligentes, mas sim aqueles que melhor se adaptam.
Vamos então ajustar o nosso modelo tendo presente os limites do nosso mercado, a equipa de gestão e a retenção dos talentos na nossa empresa.
Desde que conheci este blog, tornou-se leitura obrigatória das 4as.
Agradecemos as suas visitas e feedback! Até quarta, aqui no pontoTGA 🙂