Portugal está empenhado em atrair investimento estrangeiro para as suas start-ups e em 2015, de acordo com a Informa D&B, constituíram-se mais de 35.000 start-ups no nosso país, sendo que este número poderá ter sido ultrapassado em 2016. De acordo com o Relatório de Aceleradoras Europeu 2015 de Gust e Fundacity, Portugal é um hub de start-ups muito ativo, sendo o 4º mais ativo da Europa em termos de número de start-ups que completaram um programa de aceleração, embora não apareça no Top 10 em termos de investimento total.

Mas afinal, o que distingue uma start-up de uma nova empresa? E porque razão são tão atrativas?

Na literatura abundam definições para o termo start-up. Por exemplo, Steve Blank, autor do livro “The Startup Owner’s Manual”, diz que “uma start-up é uma organização construída para encontrar um modelo de negócios repetível e escalável.” Paul Graham, fundador da Viaweb (percursora da Yahoo! Store), define start-up como “uma organização projetada para crescer rapidamente.”

Um modelo de negócios repetível significa que eu consigo vender várias vezes o mesmo produto sem ter de estar sempre a produzir cada unidade. Por exemplo, numa padaria eu terei de fabricar cada um dos pães que vou vender, não consigo vender o mesmo pão a mais do que um cliente. Mas se o meu negócio for um conceito de padaria diferente, com uma marca, uma imagem, um portfólio de produtos, um ambiente inovadores, eu posso criar uma cadeia de padarias, eventualmente um franchising, e vender este conceito a várias pessoas sem impacto significativo no custo de cada unidade ou na sua disponibilidade.

E se o meu negócio for, por exemplo, a venda de vídeos fabulosos a ensinar como fazer pão, posso vender o mesmo vídeo a várias pessoas num modelo pay-per-view, podendo crescer rapidamente em receita, mas com um crescimento de custos bem mais lento. Assim terei margens cada vez maiores, acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza, ou seja, terei um negócio escalável.

Estes modelos de negócios envolvem ideias inovadoras o que, consequentemente, significa trabalhar em condições de extrema incerteza, pois estamos a desenvolver um modelo de negócios que ainda não foi testado. É por esta razão que a mortalidade de start-ups é tão elevada.

Uma boa forma de diminuir o risco é utilizar ferramentas de gestão adequadas a ambientes de elevada incerteza (ver aqui) e testar as ideias em concursos de ideias de negócios e outras iniciativas de apoio ao empreendedorismo. Nestas iniciativas, os empreendedores podem receber apoios diversos para melhorar as suas ideias e modelos de negócios ou até encontrar parceiros/financiadores para os seus projetos.

Na zona centro do país encontram-se a decorrer vários projetos de Promoção do Espirito Empresarial no âmbito do Portugal 2020, como por exemplo o EMPREENDER LEIRIA.

Inspire-se e teste a sua ideia!