Pense na declaração de visão da sua organização.

Recorda-se dela? Está presente no seu dia-a-dia? E no dia-a-dia da organização?

Qual é a sua resposta?

  • Se a sua resposta é “Sim, sem dúvida!” – Excelente! Certamente está no caminho certo;
  • Se a sua resposta é “Mais ou menos – vou ver o que está no Manual de Qualidade. Acho que está lá qualquer coisa.” – Bom, já é um princípio;
  • Se a sua resposta é “Não está nada escrito, mas eu sei qual é.” – Provavelmente está mesmo só na sua cabeça….
  • E se a sua resposta for “Para que é que isso serve?” – Então temos muito que conversar…

A visão é uma imagem mental daquilo que uma organização aspira tornar-se. Por isso tudo começa com o sonho, um sonho que deve ser grandioso e partilhado pela organização. Mas também é muito importante olhar para os alicerces.

A visão permite integrar duas componentes essenciais da dinâmica das organizações visionárias: Preservar o Núcleo e Estimular o Progresso.

O núcleo consiste nos valores e propósito centrais. Não se trata daquilo que se pretende atingir, mas dos princípios pelos quais nos regemos, daquilo que somos – da nossa raison d’être.

Para estimular o progresso há que sonhar bem alto! Há que definir um “objetivo grande, desafiante e ousado” (Big Hairy Audacious Goal BHAG).

E então? A visão da sua organização é um BHAG?

Sim, excelente! Não, então agora é simples. Pergunte:

  • O que nos apaixona profundamente? Qual é a coisa mais importante que a organização quer fazer?
  • Em que é que podemos ser os melhores do mundo? O que é que torna a organização única e especial?
  • O que faz andar o nosso motor económico? Quais as variáveis essenciais que levam receitas financeiras para a organização?

Com a resposta a estas questões certamente encontrará o seu BHAG.

No final, não se esqueça de traduzir a visão de palavras para imagens, com descrições bem vívidas de como será atingir este objetivo.

Faça um último teste: A declaração de visão é clara, desafiante, abrangente, orientada para as pessoas, inspiradora e fácil de comunicar?

Então agora ajude a sua equipa a abraçar a visão, falando dela frequentemente e com entusiasmo e explicando como é que os vai beneficiar.

 

“Se queres construir um navio, não chames as pessoas para juntar madeira ou para lhes atribuíres tarefas e trabalho, mas sim ensina-as a desejar a infinita imensidão do oceano.”

Antoine de Saint-Exupéry

 

Collins, J. e Porras, J. (1996) – Building your company’s vision. Harvard Business Review, 74(5), 65-77