SUGESTÃO 2. por António Calheiros
Você é um psicopata? Também acho que não. Mas, por precaução, já fez o teste? É verdade, existe um teste para verificar se uma pessoa é ou não psicopata. São 20 itens. Quer fazer? O pior que pode acontecer é ser diagnosticado como psicopata e ser preso ou internado num hospital psiquiátrico PARA O RESTO DA VIDA.
“The psycopath test”, de Jon Ronson, é um livro no limiar da não ficção. O autor apresenta-nos o teste (desenvolvido por um psiquiatra americano nos anos 1970), conta-nos que fez a formação para poder aplicá-lo e, com base nessas credenciais, mostra-nos que talvez os psicopatas sejam mais comuns do que nós gostaríamos. A partir daí, leva-nos numa viagem que questiona a nossa noção de normalidade e que nos leva também a questionar os polícias da normalidade. Se nos diagnosticassem como psicopatas, saberíamos contrariar o diagnóstico?
“Jon Ronson entra em contacto com psicopatas “clássicos”, que cometeram cruéis assassinatos, mas investiga também outros – os que dirigem empresas ou estão à frente de governos. E, ao acompanhá-lo pelos corredores das prisões somos levados a descobrir todo um mundo que vive e se alimenta da loucura – desde psiquiatras a lobbys farmacêuticos, que tudo farão para nos convencer que, nós ou os nossos filhos, precisamos urgentemente de medicação.”
SUGESTÃO 3. por Leonel Brites
Na revista Works That Work (worksthatwork.com) pode encontrar ensaios e histórias bem distintas do que encontra noutros meios de comunicação. A atual edição (n.º 3) tem como sinopse a frase “designs from the past that have shaped the present, and designs from the present that will affect the future” e demonstra como o mundo está cada vez mais interligado. Para os momentos em que possa ler sem ter que olhar para os ponteiros do relógio. Se não a encontrar nas bancas, pode sempre aceder à versão em formato digital ou, inclusive, comprar individualmente os artigos que lhe interessam.
SUGESTÃO 4. por Rita Menezes
Kotler apelidou-o de brilhante; eu considero-o revelador. Aliando, de uma forma pouco habitual, a Ciência e o Marketing, Lindstrom mostra que, no domínio do Marketing, nada é deixado ao acaso. Numa linguagem acessível, somos conduzidos pelos meandros do cérebro humano, percebemos que zonas reagem a determinados estímulos e, por exemplo, ficamos a saber qual é o papel dos neurónios espelho ou dos marcadores somáticos no processo de tomada de decisões. Um livro indicado para curiosos, para quem quiser compreender melhor o comportamento do consumidor, para quem se deixa fascinar pela máquina fantástica que é o nosso cérebro.
Lindstrom, Martin. 2012. Buy.ology – A Ciência do Neuromarketing. Maia: Gestão Plus. 2ª edição. [Traduzido de Buy-ology – Truth and lies about why we buy, Nova Iorque, Doubleday, 2008, por Duarte Sousa Tavares.]
SUGESTÃO 5. por Liliete Matias
Para quem gosta de viajar, “A Lua Pode Esperar de Gonçalo Cadilhe” é um livro espectacular que descreve os lugares por onde Cadilhe passou. Transmite-nos um sentimento de querer conhecer todos os locais descritos, apodera-se de nós a vontade de “colocar” mochila as costas e ir. A forma como descreve os locais por onde vai passando é contagiante, com temas atuais, onde conta as suas aventuras, encontros e desencontros, subdesenvolvimento, as diferenças culturais e a beleza da natureza.