Aproxima-se o dia 1 de outubro onde se comemora o dia mundial do idoso.

Este dia foi instituído em 1991 pela (ONU) Organização das Nações Unidas e tem como objetivo sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar a população mais idosa.

Em 2050, segundo estudos do Eurostat, Portugal será um dos países da União Europeia com maior percentagem de idosos.

Em muitas culturas e civilizações, a velhice é vista com respeito e veneração, representa a experiência, o valioso saber acumulado ao longo dos anos, a prudência e a reflexão.

A velhice é o último período da evolução natural da vida. Implica um conjunto de situações biológicas e fisiológicas mas também psicológicas, sociais, económicas e políticas que compõem o quotidiano das pessoas que vivem nessa fase.

A idade não é uma medida de envelhecimento, já que envelhecer é uma experiência individual que depende de diversos fatores.

Cada pessoa tem o seu próprio envelhecimento e as perceções e as experiências de etapas anteriores da vida influenciam a vivência desta etapa.

A idade cronológica, não constitui uma medida de capacidade física e intelectual, pelo menos de uma forma absoluta e forçosa. Uma pessoa aos 80 anos pode estar a funcionar como uma de 40. A importância social de um grupo etário relaciona-se com a sua afluência efetiva na sociedade.

A animação e a distração neste período de vida acaba por ser uma necessidade de acordo com as capacidades físicas e mentais de cada pessoa.

A animação representa um conjunto de passos com vista a facilitar o acesso a uma vida mais ativa e mais criadora, à melhoria nas relações e comunicação com os outros, para uma melhor participação na vida da comunidade de que se faz parte.

A animação na terceira idade deve ser uma atividade intercultural e intergeracional, e vai influenciar a vida do idoso não só como individuo mas também na sua vivência em grupo.

Podemos dividir as atividades de animação em quatro vertentes:

– Difusão cultural: incentivar o gosto pelas formas culturais, cientificas e do conhecimento;

– Atividades artísticas: não profissionais: desenvolver os talentos e as capacidades artísticas e criativas das pessoas através da sua prática;

– Atividades Lúdicas: a animação por divertimento, lazer, desporto e convívio;

– Atividades Sociais: promover a participação das pessoas nos movimentos cívicos, sociais, políticos e económicos.

Uma das componentes importantes da animação é o jogo. Brincar ainda é muitas vezes ainda estereotipado como uma coisa de criança, o que acaba por ser um grande erro, pois o desejo de brincar e rir, acompanha-nos toda a vida. O jogo, quer em crianças, quer em adultos ou em idosos é das melhores formas de transmitirmos uma mensagem e de nos divertirmos.

No entanto é fundamental tomar consciência que é necessário motivar os idosos para as diversas atividades de animação. É essencial que o idoso se sinta motivado, criando as condições para o seu bom desempenho partindo sempre do seu conhecimento e do seu saber, são dois fatores essenciais para o sucesso.

Antes de pensar num plano de atividades de animação para idosos a colocar em prática, devemos sempre realizar uma avaliação psicológica, social e física, no sentido de perceber quais as capacidades e motivações reais de cada idoso em relação a cada uma das atividades propostas.

Deve-se também dar oportunidade aos idosos para que eles próprios possam propor outras atividades que sejam do seu agrado, bem como permitir que eles participem nas atividades diárias, quer da instituição, se for o caso, quer em sua própria casa.

Coisas simples como por exemplo, fazer as suas camas, limpar o pó dos seus quartos, colaborar na elaboração e confeção das ementas, regar as plantas, etc., desde que tal seja do agrado deles, podem ser atividades diárias importantes para o entretenimento do idoso.

E já agora não se esqueça: respeitar as pessoas idosas é tratar o próprio futuro com respeito, pois um dia seremos todos idosos.